quarta-feira, 20 de maio de 2009

Coração Inquieto

Este texto eu escrevi há alguns dias... é um dos mais significativos prá mim, pois traduz meu exercício diário de luta com a mente e o coração, razão e emoção....

"A cabeça comanda! Mas... e o coração?
Até onde conseguimos controlar nossos impulsos, sentimentos, angústias, dores, paixões?
Minha analista (ótima) me ajuda a entender meus próprios sentimentos e a me situar diante deles. Nem toda dor causa tristeza. Nem toda tristeza causa dor. Nem toda paixão se torna envolvimento. Nem toda saudade deve ser encarada como vilã. Nem toda falta deve gerar carência.
Então me vejo não controlando, mas"brincando" com o que sinto.
Saudade? Penso nos bons momentos que passei junto da pessoa.
Raiva? Penso nas vezes em que feri pessoas queridas sem a intenção de o fazer.
Tristeza? Penso em tudo de feliz que acontece à minha volta, o tempo todo.
Viver não é fácil.
Lidar com perdas, decepções, rompimentos, desastres é penoso (ah, e como é...).
Mas eu posso transformar tudo (absolutamente tudo) em algo muito melhor.
Dizem que as melhores coisas da vida acontecem quando menos esperamos.
Eu acho que coisas boas acontecem o tempo todo.
Adoro a frase de Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
É este o segredo: ver o lado bom até do pior acontecimento de nossas vidas.
Vivo intensamente meus muitos momentos de euforia, e também os de tristeza.
Ambos me ensinam e me motivam.
E é só atravessando estes momentos que consigo finalmente viver dias de paz e equilíbrio, como o dia de hoje.
Sinto dor, alegria, saudade, dúvida, satisfação, e muitas outras coisas, mas ainda assim tenho muita paz.
A cabeça comanda, é verdade.
Mas o que seria de nossas vidas sem o inquieto coração?"

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Às mulheres

"Nada mais contraditório do que 'ser mulher'...
Mulher que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num só dia e transmite cada uma delas, num único olhar.
Que cobra de si a perfeição e vive arrumando desculpas para os erros, daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras almas, dá a luz e depois fica cega, diante da beleza dos filhos que gerou.
Que dá as asas, ensina a voar mas não quer ver partir os pássaros, mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito, ainda que seu amor nem perceba mais tais detalhes.
Que como uma feiticeira transforma em luz e sorriso as dores que sente na alma, só pra ninguém notar.
E ainda tem que ser forte, pra dar os ombros para quem neles precise chorar.
Feliz do homem que por um dia souber, entender a alma da mulher!

Este texto é bem conhecido por (quase) todos, mas a autoria é desconhecida. É tudo verdade mesmo... ser mulher é uma contradição absurda!
Coverso muito com minha psicóloga sobre meu jeito de mulherzinha... e às vezes juro que tento pensar com a cabeça de um homem. Tempo perdido, é impossível!!!!
Ser mulher é dolorido, complexo, irritante...
Nossa força não é física, mas é poderosa. A mulher tem sempre uma melhor noção do que acontece à sua volta. Encara a realidade de peito aberto. Por isso sofre, chora, entra em crise.
Nada contra os homens, aliás confesso que não sei viver sem um (vício, atire a primeira pedra quem não tem o seu...).
É que ser mulher cansa às vezes sabe. A gente quer ligar o foda-se de vez em quando e não consegue. Preocupamo-nos com as janelas abertas qdo vemos um temporal se aproximar, com o comportamento do filho, com os problemas do marido, com a decoração e a arrumação da casa, com as doenças e carências dos pais, com as crises das amigas... E além de tudo queremos trabalhar, atingir o sucesso, ter o bumbum durinho, a pele lisinha e os cabelos sedosos.
E aí, apesar desta força toda, chateamo-nos com cada coisinha insignificante.... Quanta fragilidade!
Eu amo ser mulher. Amo ser feminina, charmosa, carinhosa e delicada. Mas às vezes minhas crises me cansam.
Um dia eu consigo simplicar minha cabeça, aguarde e verá!!!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Prá começar...

Finalmente criei coragem... aqui estou eu, postando meu primeiro texto em meu primeiro blog.
Demorou, confesso. Aproveitei a visitinha ao blog de uma grande amiga (Dany Peres - uma das minhas maiores fontes de inspiração para as artes...) e aqui estou!
Decidi dar início a esta jornada com um texto meu, escrito em 11/12/2008. Na época compartilhava a dor de uma pessoa muito próxima e escrevi rapidinho durante o café da manhã antes do trabalho. Espero que gostem!

Amor.
É disso que o mundo necessita.
Se não nos amarmos uns aos outros,
Se não compartilharmos a dor e a alegria do próximo,
Se não compreendermos as dores e delícias do ser humano e da vida,
Como poderemos nos entitular "humanos"?
Somos falhos, fracos, por vezes até cruéis.
Mas podemos amar.
E quem um dia já experimentou o verdadeiro, o doce sabor do amor...
Ah, jamais se esquecerá.
Amemos mais!!
Sofreremos, isso é certo.
Mas sentiremo-nos mais completos, mais verdeiros...
E vivos!